quarta-feira, 31 de março de 2010

'... um conto de amor Sem ponto final ....'

Eu achei que seria certo ficar evitando a palavra ‘amor’.Confesso que quando eu estava chegando perto dela eu corria pro sentido oposto.

Foi assim com você também. Eu te via e logo dava um jeito de sair de lá. Se você ia eu evitava te encontrar. Eu queria ter você, mas naquele momento o primordial era te esquecer!

É que para mim você era claramente um ponto de interrogação, você era um copo de veneno e contigo ficava perto do céu e perto do crime.

Então eu decidi te encontrar e daríamos o ponto final naquela história que nem tinha começado. É claro que nós sentaríamos jogaríamos coisas na cara da outra e então iríamos embora 10 quilos mais leves. Era óbvio, se não houvesse mais nenhum sentimento.

No caminho eu sentia ansiedade, misturada com tesão e saudade. A saudade era só pra romantizar nossa história que não tem nada a ver com um romance. Mas você chegou tão linda e eu em pensamento te xinguei, xinguei por nunca ter ficado tão linda pra mim como naquele dia.

Quando começamos a falar foi que percebi que não queríamos sinceridade não, ninguém queria lembranças, ninguém se importava com o passado e isso era um pouco sem querer, e um pouco de propósito.

Você sorriu e naquela hora eu queria arrancar o romantismo de dentro de mim. Por que a minha vontade era guardar aquele sorriso bem dentro da minha boca.

Ficamos ali, não sei quanto tempo, conversando sobre qualquer besteira. Quando me dei conta nós já estávamos dentro do carro. Já estávamos indo suprir nossa ansiedade, nosso tesão e nossa saudade.

Depois do sexo, seria o momento exato para conversar. Seria exato se já não tivesse passado das 3, seria exato se eu pudesse ficar mais.

Então deixamos para sair outro dia, conversar outro dia e nesse outro dia daremos um ponto final na nossa história ...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Francisco Buarque de Hollanda

Depois que A Banda do Chico passou, parece que nada mais ficou no lugar!

Acabei trocando de papel com a Barbara, Beatriz, Cecília, Gabriela, Iolanda...

Eu que andava com minha cabeça já Pelas Tabelas, hoje sentei e coloquei suas músicas o mais alto que pude, Como não se ouvia mais.

Entre um verso e outro dava tempo apenas de soluçar aquelas palavras, que com toda certeza, foram escritas para mim. (é incrivel como toda mulher tem a certeza disso). E confesso que todo dia tenho esperança de encontrar Chico numa esquina qualquer. A verdade é que nuna encontro, mas acabo encontrando suas letras, suas melodias, sua voz, seu amor, sua simplicidade, sua genialidade.

Também se encontrasse com ele não teria coragem de dizer nada, li uma certa vez que ‘idolos não devem ouvir, mas tem a obrigação de ser ouvidos’ e é isso o que faço.

Ele é sim, assumidamente meu ídolo!

Também não é dificil idolatrar alguem que escreveu letras como ‘Eu te Amo’ ‘As atrizes’ ‘olhos nos olhos’ ‘tatuagem’ ‘samba e amor’ ‘vai passar’... e todas as outras.

É que Chico com sua Valsinha Brasileira, com sua fantasia, com seu violão e dono daquela voz se tornou um vicio, e religiosamente eu preciso ler e ouvir tudo que ele tem a dizer.

Chico vicia, suas letras comprometem, sua música traduz e sua voz acalma.

Que ele é humano, eu sei. Mas que ele tenha defeitos ... Ah! Isso eu duvido.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Bruta flor do querer.

Hoje quero dvd. Quero almofadas grandes. Quero não precisar do seu abraço. Quero correr. Quero não me importar. Quero arriscar tudo, pra vê como anda minha sorte. Hoje quero meus sonhos de volta. Quero Chico, Bethânia e Led Zeppelin. Quero o passado de volta. Quero correr pro futuro. Quero meia hora de paz. Quero um segundo de perfeição. Quero chocolate. Quero bebida e muito cigarro. Hoje quero você. Quero esquecer você. Quero que doa em ti também. Quero um buraco, que leve sei la pra onde. Quero vento. Quero tempo. Quero o acaso.

Eu quero meus sonhos de volta.

Meu caro amigo Ciro ...

Com você dividi segredos, culpas, lembranças e garrafas. Peguei a jaqueta emprestada. E no meio da tempestade, peguei teu ombro pra fazer de abrigo.

Ja fomos ouvidos e fomos confissão. Ja fomos ausencia e ja brigamos por estar muito tempo juntos.

Ja nos perdemos no mar, ja corremos pra longe. Ja fugimos de tanta gente, mas só fugiamos quando tinhamos a certeza de que o outro viria junto....

Tentei lembrar das datas de cada uma dessas coisas, mas você também conhece a minha memória falha e minha falta de paciência com ela.

Eu não lembro de quando te conheci, não lembro da primeira conversa, nem do primeiro passeio. Não lembro como foi que você passou a me conhecer tão bem, as vezes me decifra antes mesmo de eu me entender.

Não lembro quando foi que você passou a ser essencial para mim. Não lembro quando foi que começou essa minha idéia medieval de que você é só meu.

Não me lembro em que vida foi que passamos a ser um só, e ter como obrigação (e privilégio) nos encontrarmos quantas vidas forem nescessárias.

Não me lembro quando passei a te admirar tanto, e querer pensar igual a você em determinados assuntos, querer seus palpites só por ter a certeza de que sua idéia era melhor que a do fulano.

Não me lembro dos dias, meses, e talvez confuda o ano em que cada detalhe da nossa história aconteceu. Mas de fato, sei que você sempre esteve lá.

E eu, justo eu, que amava o singular, o ímpar. Não posso me imaginar sem você do meu lado.

domingo, 14 de março de 2010

desordenada

Se eu tivesse que ser sua eu seria ponto.

Mas ai você fica me pedindo pra não sumir mais, me pede também pra ir te ver naquele lugar de sempre. Me pede pra perdoar sua ausencia, e pra não ligar pra suas falhas.

Ah, mas eu queria te dizer que isso não se pede, você me perde assim.

Me perde quando me diz que sim, e em meia hora volta a dizer que não. Me perde quando nao entende a diferença entre querer muito e querer somente.

A verdade é que parece que eu deixo meus sentimentos pendurados num cabide (como se na hora certa fosse usa-los) mas você vai lá pega emprestado e finge que são seus. E é dificil de admitir, mas a verdade é que ela fica tão bem em ti.

E confesso que quando vejo vocês dois juntos, meus sentimentos e você, chego a sentir que nós poderiamos dar certo. Mas cá entre nós, vocês nunca se deram muito bem e não seria agora que iriam se entender perfeitamente. Ai volto pra realidade e percebo que você é mais uma daquelas pessoas que não se pode esperar muito....

Não precisa tentar entender, nosso coração sente um monte de coisa desordenada mesmo.

E essa ladainha toda, é pra dizer coisas bem simples:

Não tenho medo de enjoar de você, tenho medo de enjoar de te esperar. É que você se parece muito comigo, e isso me assusta!

quarta-feira, 10 de março de 2010

frente - a - frente

Não sei porque insisto em manter uma foto sua mantida ao alcance dos olhos, uma saudade incontrolavel e algumas lembranças desnecessarias (mas muito bem guardadas).

Eu procuro os pontos negativos de nossa relação. Mas tudo que encontro são toalhas molhadas em cima da cama, ou coisas banais do mesmo tipo. Acabo mesmo é me lembrando de nossos conversas sem ponto de interrogação, nossas noites sem cansaço, e tudo aquilo que não diz respeito a ninguém que estivesse do lado de fora do quarto!

Me lembro de quando murmuravamos bobagens importantissimas, quando queria me cercar com qualquer coisa que parecesse um sorriso ou quando completava minhas frases e meus sonhos.

O combinado era deixar o tempo passar. Mas agora descobri que o tempo vai passando no seu proprio tempo, e a gente vai botando em dia a palavra ‘saudade’. Mas é que quando parece que o tempo parou de brincar com a gente e decidiu passar ... Ah ai você reaparesse, e reaparesse tão determinada e filha da puta que aos poucos me faz aceitar tudo aquilo que ja sei de cor.

Mas cá entre nós, ja foram tantas as vezes que você veio e foi embora que eu ja até aprendi a controlar o vazio que fica, aprendi a esquecer o cheiro, apagar os gestos e todas aquelas frases.

Quando penso que já é hora de trocar a paixão pela ponderação, você chega com a falta de sentidos e o excesso de sentimentos. Você traz todo desejo e vai embora me deixando a tristeza que estava guardada pra mais tarde.

Agora entenda, meu bem, toda felicidade traz com ela emoções secretas. Nós e nossa convivencia, já conhecemos tudo que era pra ser segredos. Nós perdemos a decência quando chegamos a esse ponto de transparência, mas perdemos mesmo é o juizo quando nós estamos frente - a – frente.

Carnal

Oh, meu bem!
Vamos deixar algumas coisas bem claras por aqui...
Não é certo você me beijar com lábios frios e logo depois nos incendiar de desejo.
Mas é justo nosso sexo (quase) sem culpa!
Não é agradável te ver beijando outras em minha frente.
Mas continue fazendo isso para que eu me sinta de igual liberdade, e também por que adoro ver sua cara nessas horas.
Mas o mais importante, não é viável que se entregue... pois se eu não ter-te como 'minha' poderei possuir-te sempre.
Deixe estar, como esta!
Me deixe confusa também, na verdade a maioria das mulheres adoram essa sensação de estar correndo perigo.
Muito cuidado com o que você me pedir, pra gente não se perder!
A fidelidade, e os votos de eterno amor nós vamos deixar para os casais normais. Vamos logo pular pra parte que tem mais a nossa cara ... Sabe, aquela de desejos, diversão e coisas mais carnais!

Fim de tarde

“ Eu vou deixando no caminho o pouco de ti que ainda resta em mim. Não queria mas levo comigo bem mais do que boas lembranças...
Não vá chorar agora não querida, guarde as lágrimas pra depois... Quando a solidão chegar elas serão bem mais úteis. E quando essa chegar não te desejo boa sorte, eu quero apenas que você se vá. Leve contigo esse perfume, esse teu jeito, aquele gosto e todo esse desejo por que você foi assim, feito droga pra mim!
Vê se leva tudo de ti que é pra eu não ter razão pra chorar !
Não volte pra me procurar, seus olhos ainda dizem muitas coisas aos meus, teu sorriso ainda vai me encantar. E se um dia eu cair na tua de novo, por favor me lembre que você jamais reuniria forças para lutar por mim.
Não deixe a nossa música tocar no rádio, não releia as antigas cartas de amor, não pense que eu fui por não te amar ! Vou desejar ter você, vou desejar esquecer você!
Por enquanto vai ser assim, a sua falta vai continuar me incomodando. De fato, vou chorar algumas vezes mas nada que me faça querer voltar pois sei que me afogaria se ficasse aqui, esperando você me salvar.
Mas quando eu encontrar os controles, quando meu inverno passar, só ai eu vou acreditar que o tempo cura qualquer dor.
Não sei por que mas quando pensei em você sacudi a cabeça como se fosse uma tortura dentro de mim... Vou pra lá, meu bem, quem sabe o amor de longe vá ficando mais ardente ou mais pobre de esperança. Assim eu não sei que parte de nós ganha mais, a que mata ou a que morre!
Você devia ter feito alguma coisa pra me ter, ou me deter.
É fim e tarde, e você sabe...
Eu te amava!”