quarta-feira, 28 de abril de 2010

segundos bem depressa

É que aquele dia eu olhei nos teus olhos perto de mais, sem nenhuma proteção.
Eu senti seu cheiro e ele insiste em ficar comigo nas noites mais longas.
Ao seu lado as horas passam em segundos bem depressa. E quando retomo o ritmo, com uma ligação você desajusta todas as horas novamente.
Você sabe que meu relogio, caprichoso, anda apenas pensando em horas contigo.
Horas longas que possam amenizar essa estranha certeza de que mal lhe conheço.

Mil perdões.

Desculpa aquela ligação aquela hora da madrugada. Desculpa quando te pedi um romance completo.
Desculpa quando eu fiz de tudo pra estar do seu lado. Desculpa também aquele beijo que eu roubei.
Desculpa minha mão boba. Desculpe cantar aquelas músicas, mas é que você sempre as conhecia e cantava junto.
Desculpa pela mensagem. Desculpa pelo carinho desnecessario.
Desculpa também aquela vez que eu falei que te amava, aquilo não tinha nada a ver com amor.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

metade da noite

Foram palavras de amor passeando pela rua até de madrugada, foram mensagens que contam quase tudo que ninguém mais precisa saber...

E lá se foi um final de semana pela metade, algumas garrafas pela metade, meia duzia de sorrisos pela metade e uma noite que não precisava ter acabado tão cedo.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Um, dois e ...

No três eu paro de esperar a sua ligação... No três eu desligo o celular e finjo estar cheia de coisas importantes a fazer. No três!
Um, dois ...
Ah mas se esse celular tocasse agora, se você tivesse me ligado hoje eu diria tanta mais tanta coisa.
Eu falaria que não estou desesperada, nada além do que sempre fui.
Falaria que não é nada parcial, nada temporário.
Eu falaria que aquela mensagem foi curta demais para os meus desejos (que eu tento manter em secreto).
Eu falaria pra acabarmos com essa graça de deixar o dito pelo não dito.
Eu falaria pra você não demorar e nem vir muito depressa.
Eu te explicaria que a tua ausência me acendeu a chama, mas é tua incerta presença que vai a manter acesa.
Se você tivesse me ligado eu iria disparar e falar coisas que não devia.
Mas você só entenderia o que eu queria dizer mesmo, se olhasse bem para os meus olhos.
Por que a verdade é que eu não queria querer ninguém, mas agora fudeu... agora eu quero!

Entre cafés, cigarros e cadernos.

As vezes parece que nossa relação não foi escolhida pelo destino, foi um erro, foi um pecado.

E o meu propósito é considerar o passado como passado. E eu até me julgo capaz de conseguir, mas quem disse sou capaz de me ater a esse propósito?

A verdade é que entre cafés e cigarros eu acabo pensando em você. Não em nós, mas em você!

Eu acabo percebendo o quanto de mim ficou contigo, e no lugar trouxe aquelas coisas que eram só suas. Ah, isso é péssimo!

É que eu não consegui aceitar que entre nós, tudo que era par se tornou ímpar. Não consigo engolir o gosto amargo que ficou na minha boca.

E desde então tudo que sobrou de mim, comigo... são quimbas de cigarro no cinzeiro, um pouco de café e uma canção de Toquinho na rádio.

Sobrou também aquela frase de Fernando Pessoa, aquela que diz que ‘escrever é esquecer’, por isso na lista de coisas que ainda me restam vou incluir também caderno velo com caneta falha.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Navegar é preciso ...

É que eu sou pisciana, um signo mutável. E em meia hora sou capaz de passar de ódio a amor sem nenhum problema.

Por isso já te deixo avisada, não é fácil lidar com piscianas, nem de longe!

Nós gostamos é do mar lotado de peixes, mas sabemos que todos eles vão embora. Nós adoramos as oscilações do mar. Adoramos mar bravo, maré cheia e também a calmaria.

Nas emoções, sempre somos surpreendidas. Quando nós mesmas paramos para pensar, vemos que nosso mar de emoções é tão instáveis quanto o oceano. E por mais que esse turbilhão de sentimentos passe pela nossa cabeça ... quando amamos, amamos.

Não importa se vai durar uma semana ou 15 anos. Quando nos permitimos amar nós somos como plásticos pegando fogo, nós contorcemos, perdemos a forma, e no fim derretemos...

E quando derretemos é por que chegamos ao nosso limite, não se pode amar mais que uma pisciana. Mas também não é possível prolongar o tempo desse amor. Piscianas representam o conseqüente escapismo, a fuga do mundo, a fuga de todos, a constante busca da fuga de nós mesmas.

Piscianas são filetes de plásticos que pegam fogo no meio do mar. São exageradas, são demasiados. São crédulos no amor instantâneo, no amor livre e no amor eterno, e é justamente esse amor que nos mata aos pouco, e nos faz reviver intensamente.

sábado, 3 de abril de 2010

Des (a) tino

Amanha ou depois nós medimos o penar, os ocios do oficio, as consequencias dos atos. Hoje o que importa é que estamos tão perto, tão perto de ficarmos longe de mais... Eu prometo que será a ultima vez que juntaremos nossas almas e em vão tentaremos transforma-las numa

Minha querida, vem cá, se é pra noite passar... que seja ao seu lado pra pelo menos ter do que lembrar! Você que é meu destino, digo ... desatino. Fica do meu lado e enquanto a noite fria vai embora deixe algumas palavras de amor la fora, passeando pela madrugada.

Finja nao saber de nada, finja que nao vivemos nada, finja que eu tambem nao tenho planos pra depois. Ficaremos aqui até que a primeira se canse, ficaremos aqui até a próxima ligação.Deixe o dia chegar e com ele o esquecimento. Deixe o efeito passar e com ele o sentimento.