E o meu propósito é considerar o passado como passado. E eu até me julgo capaz de conseguir, mas quem disse sou capaz de me ater a esse propósito?
A verdade é que entre cafés e cigarros eu acabo pensando em você. Não em nós, mas em você!
Eu acabo percebendo o quanto de mim ficou contigo, e no lugar trouxe aquelas coisas que eram só suas. Ah, isso é péssimo!
É que eu não consegui aceitar que entre nós, tudo que era par se tornou ímpar. Não consigo engolir o gosto amargo que ficou na minha boca.
E desde então tudo que sobrou de mim, comigo... são quimbas de cigarro no cinzeiro, um pouco de café e uma canção de Toquinho na rádio.
Sobrou também aquela frase de Fernando Pessoa, aquela que diz que ‘escrever é esquecer’, por isso na lista de coisas que ainda me restam vou incluir também caderno velo com caneta falha.
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