domingo, 1 de agosto de 2010

Não sei a hora, a data.
Não tenho mais celular, endereço nem nome. Não atendo a porta, não abro a janela.
Eu preciso me zerar, me anular, me perder. E só depois tentar me achar.
Eu nunca soube administrar minhas perdas. Não engolia que algo podia ir pra não mais voltar.
Ainda abomino a ideia de me acostumar a ausência.Mas minhas ideologias foram destruídas por suas certezas. E agora o que tenho dentro e fora de mim é escuro.
Resta nos tímpanos um silêncio cômodo. Na mesa facas e garrafas pela metade.
Minha sede de tudo
é tanta que às vezes acabo sem nada.

Um comentário:

Unknown disse...

eu nao moro mais em mim....