quarta-feira, 10 de março de 2010

Fim de tarde

“ Eu vou deixando no caminho o pouco de ti que ainda resta em mim. Não queria mas levo comigo bem mais do que boas lembranças...
Não vá chorar agora não querida, guarde as lágrimas pra depois... Quando a solidão chegar elas serão bem mais úteis. E quando essa chegar não te desejo boa sorte, eu quero apenas que você se vá. Leve contigo esse perfume, esse teu jeito, aquele gosto e todo esse desejo por que você foi assim, feito droga pra mim!
Vê se leva tudo de ti que é pra eu não ter razão pra chorar !
Não volte pra me procurar, seus olhos ainda dizem muitas coisas aos meus, teu sorriso ainda vai me encantar. E se um dia eu cair na tua de novo, por favor me lembre que você jamais reuniria forças para lutar por mim.
Não deixe a nossa música tocar no rádio, não releia as antigas cartas de amor, não pense que eu fui por não te amar ! Vou desejar ter você, vou desejar esquecer você!
Por enquanto vai ser assim, a sua falta vai continuar me incomodando. De fato, vou chorar algumas vezes mas nada que me faça querer voltar pois sei que me afogaria se ficasse aqui, esperando você me salvar.
Mas quando eu encontrar os controles, quando meu inverno passar, só ai eu vou acreditar que o tempo cura qualquer dor.
Não sei por que mas quando pensei em você sacudi a cabeça como se fosse uma tortura dentro de mim... Vou pra lá, meu bem, quem sabe o amor de longe vá ficando mais ardente ou mais pobre de esperança. Assim eu não sei que parte de nós ganha mais, a que mata ou a que morre!
Você devia ter feito alguma coisa pra me ter, ou me deter.
É fim e tarde, e você sabe...
Eu te amava!”

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