segunda-feira, 22 de março de 2010

Meu caro amigo Ciro ...

Com você dividi segredos, culpas, lembranças e garrafas. Peguei a jaqueta emprestada. E no meio da tempestade, peguei teu ombro pra fazer de abrigo.

Ja fomos ouvidos e fomos confissão. Ja fomos ausencia e ja brigamos por estar muito tempo juntos.

Ja nos perdemos no mar, ja corremos pra longe. Ja fugimos de tanta gente, mas só fugiamos quando tinhamos a certeza de que o outro viria junto....

Tentei lembrar das datas de cada uma dessas coisas, mas você também conhece a minha memória falha e minha falta de paciência com ela.

Eu não lembro de quando te conheci, não lembro da primeira conversa, nem do primeiro passeio. Não lembro como foi que você passou a me conhecer tão bem, as vezes me decifra antes mesmo de eu me entender.

Não lembro quando foi que você passou a ser essencial para mim. Não lembro quando foi que começou essa minha idéia medieval de que você é só meu.

Não me lembro em que vida foi que passamos a ser um só, e ter como obrigação (e privilégio) nos encontrarmos quantas vidas forem nescessárias.

Não me lembro quando passei a te admirar tanto, e querer pensar igual a você em determinados assuntos, querer seus palpites só por ter a certeza de que sua idéia era melhor que a do fulano.

Não me lembro dos dias, meses, e talvez confuda o ano em que cada detalhe da nossa história aconteceu. Mas de fato, sei que você sempre esteve lá.

E eu, justo eu, que amava o singular, o ímpar. Não posso me imaginar sem você do meu lado.

Um comentário:

Ciro disse...

"E eu, justo eu, que amava o singular, o ímpar. Não posso me imaginar sem você do meu lado" digo o mesmo, mas sabe Deus quantos somos né? agente ja foi tanta coisa,quem sabe nós ainda somos ímpares o importante é que somos um para o outro ! Amo você