quinta-feira, 6 de maio de 2010

segredo é pra quatro paredes.

Esses dias sonhei com você,
Sonhei que era um dia de outono, frio e cheio de segredos.
Pela janela entrava alguns raios de sol e também um vento gelado que me pedia pra te abraçar por debaixo da coberta.
Eu brincava com suas mãos e depois entrelaçava meus dedos nos seus cabelos claros. Fiquei ali presa por um certo tempo.
Me perdi olhando pra você e acabei nem notando que lá fora a noite caia. Os últimos raios de sol foram dando lugar as luzes amareladas das lamparinas naquela velha casa de madeira.
Então chegou a noite. Depois do jantar, do vinho, da ausência de luz... Você se fez ainda mais mulher. Prendeu os cabelos, vestiu a melhor roupa e me fez completa. Adormeceu nos meus braços, e no rádio aquela música antiga dizia o que minha estupidez não me deixou dizer.
Mas era tarde, você dormia e a noite me pedia silêncio... Fiz um pacto com o rádio, com a casa de madeira e a neblina da manhã,
ninguém cantaria a música, ninguém contaria o segredo.

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